quarta-feira, 20 de julho de 2011

MEDO DE DIRIGIR X DIRIGIR SEM MEDO

Para algumas pessoas, o ato de dirigir pode ser algo muito simples, corriqueiro, apenas a aprendizagem de mais uma habilidade motora. Mas ao contrário disso, muitas pessoas sofrem, e muito, com o medo de dirigir.
São inúmeros os casos de pessoas que tiram sua habilitação e depois nunca mais dirigem. Pessoas que se sacrificam para comprar o seu carro, mas não o tiram da garagem. E ainda existem os casos de pessoas que sequer conseguem tirar a habilitação, pois enfrentar sozinhas o medo de dirigir é algo que está além de suas capacidades. Mas por que isso acontece? Vou tentar falar de maneira resumida sobre algumas possíveis causas desse problema.
O medo em si, não é uma emoção negativa. Ele é fundamental para a sobrevivência, não só dos seres humanos, mas também dos animais. O medo é um mecanismo de autoproteção, de manutenção de nossas vidas, afinal de contas, se não tivéssemos medo de nada nos arriscaríamos o tempo todo.
Essa emoção é aprendida ao longo da vida, onde vamos compreendendo o que são objetos ou situações de medo ou não. Assim, temer um assalto, um incêndio ou qualquer outro tipo de violência é algo racional e esperado. O problema é quando esse medo toma proporções exageradas, incontroláveis e até irracionais, se estendendo a objetos e situações que não deveriam representar perigo ou medo, como medo de prédios, ruas e até de dirigir um carro. Quando isso ocorre, passamos a chamar este medo exagerado de fobia.
As reações físicas mais comuns nos casos de fobia são: sudorese, tremores, taquicardia e secura na boca. Mas a pessoa que sofre de fobia também apresenta consequências sociais, que em geral estão atreladas a problemas profissionais, de relacionamento, familiar e até de lazer.
Existem inúmeros tipos de fobias, mas vou me restringir a falar de alguns transtornos de ansiedade que podem estar relacionados a este medo de dirigir.
De acordo com alguns estudos, na maioria das vezes o perfil das pessoas com medo ou fobia de dirigir se enquadram nas seguintes características: são pessoas muito responsáveis, organizadas e inteligentes. Não gostam de errar e ser criticadas e são muito exigentes com sua própria conduta e com a dos outros (inclusive no que se refere a direção). São pessoas muito ansiosas de uma maneira geral, não apenas para dirigir e sofrem antecipadamente por seus possíveis erros.
Um fator importante de sofrimento ao fóbico é a incompreensão das pessoas quanto ao seu problema. Isso porque, considerando a fobia de dirigir, como já mencionado, nem sempre os medos são racionais (como o de perder o controle do carro por falta de conhecimento, de falhar na frente das pessoas e passar vergonha, etc). Muitas vezes o medo é irracional, como passar em pontes, túneis e viadutos. E daí surge a incompreensão alheia, afinal é difícil para os outros entenderem, como alguém pode ter medo – diga-se de passagem um medo desproporcional – de coisas tão normais? Ou então enxergam isso como uma “frescura” ou simplesmente como incapacidade de aprender. E assim, muitas vezes, além de lidar com a sua própria dificuldade, a pessoa ainda vai ter que enfrentar as críticas e o preconceito alheio.
Além desse sofrimento, o medo de dirigir é algo que afeta e muito a vida prática das pessoas, afinal o sujeito que tem medo de dirigir passa por privações, por perder a sua liberdade e independência. Em geral isso abala a sua autoestima e segurança, já que o indivíduo se sente incapaz de realizar atividades corriqueiras do dia a dia (ir ao mercado, levar o filho na escola, dirigir até o trabalho). Por não dirigir, pode ate perder oportunidades de emprego, entre muitas outras consequências.
É importante lembrar que o ato de dirigir envolve inúmeros comportamentos, isto é, o motorista está concentrado em várias atividades ao mesmo tempo. Mas não falo simplesmente da parte motora desta ação, isto é, acelerar, brecar, engatar, manobrar, etc. Se fosse simplesmente isso já não seria algo tão simples assim. Afinal se é uma aprendizagem motora, ela requer treino para que se torne hábil e até automático na realização da mesma. E infelizmente hoje em dia as pessoas dificilmente saem das autoescolas sabendo dirigir muito bem, o que gera ainda mais insegurança nas pessoas recém habilitadas. Para alguns essa insegurança é superada com os treinos posteriores no dia a dia...mas pra outros, isso se torna mais uma barreira.
Isso porque, se a pessoa conseguiu tirar sua habilitação, (como já disse algumas não chegam nem a isso), mas dirigir lhe causa uma ansiedade extrema que chega a bloqueá-la, então como adquirir essa destreza se a ansiedade é tão grande que não permite nem começar a dirigir?
Mas como dizia, o ato de dirigir não envolve apenas a parte motora. Ao dirigir o motorista fica exposto a inúmeras situações que talvez esteja igualmente despreparado para enfrentar. Dentre elas posso citar o relacionar/envolver-se com outras pessoas, afinal o trânsito nada mais é do que esse deslocamento de pessoas e veículos convivendo num mesmo espaço. Ao dirigir você está exposto ao olhar do outro, que nem sempre é de respeito e compreensão. Ao contrário, muitos se sentem no direito de avaliar, julgar e criticar aqueles que estão dirigindo, principalmente se forem os “recém habilitados” e que em geral, ainda não tem a prática necessária para realizar essa atividade com 100% de sucesso.
Enfim, são muitas questões envolvidas no ato de dirigir, que podem gerar ansiedade e medo nos indivíduos. Cada caso é um caso e é importante que você saiba identificar qual é o seu e dar o primeiro e o mais difícil passo: admitir que precisa de ajuda e ir em busca da mesma.

Quando falo de “fobia de dirigir”, estou me referindo a um caso de fobia específica. Não se ouve muito este termo por aí, mas a fobia especifica é mais comum do que se imagina. Como o próprio nome diz, refere-se a um medo causado pela presença de um objeto ou situação específica, como por exemplo, fobia de barata, de água, de andar de avião ou de dirigir.
Este medo/ansiedade pode ocorrer também simplesmente pela antecipação da situação, ou seja, apenas de pensar em dirigir a pessoa já fica ansiosa. Mas a ansiedade, tanto de forma antecipada, quanto vivendo a situação é sempre gerada pelo mesmo estímulo, ou seja, o carro.
De acordo com o DSM IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), as características necessárias para se classificar alguém com fobia específica são:
- medo persistente na presença ou antecipação de um objeto/situação;
- ansiedade diante do estímulo fóbico específico (no caso dirigir);
- evitação do objeto/situação ou tolerância do mesmo com intensa ansiedade;
- interferência desse medo ou evitação do objeto/situação na vida da pessoa;
- o indivíduo percebe que o medo é exagerado ou irracional;
- não apresenta histórico de outros transtornos mentais em sua vida.

Também é possível que aconteça nos casos de fobia – não só na fobia de direção – o que chamamos de generalização. Quando isso ocorre, o individuo fóbico generaliza seu medo para estímulos diferentes do original, mas que tenha alguma relação com o mesmo. Por exemplo, passa a ter medo de andar de carro, mesmo que não seja o condutor.
O tratamento para fobia específica, assim como para qualquer tipo de fobia, envolve o acompanhamento psicológico (onde as técnicas de tratamento são variadas), seja de maneira individual ou em grupo.
Outro transtorno de ansiedade que pode estar relacionado ao medo de dirigir, é a síndrome do pânico. Ao contrário da fobia específica, a síndrome do pânico caracteriza-se pelas crises de ansiedade em diversas situações, que anteriormente não geravam nenhum tipo de insegurança ou medo no individuo e que a partir das crises, passam a ser situações de temor. Se a pessoa sofre uma crise de pânico dirigindo, portanto, logo esta situação pode se tornar objeto de medo e evitação.
As crises de pânico são caracterizadas em geral pelos sintomas: angústia, enjoo, aflição crescente, boca seca, suor, tremores, sensação de desmaio, taquicardia, dores no peito (muitas pessoas pensam estar enfartando e chegam a procurar um hospital, principalmente quando se trata da primeira crise). Nessas crises é muito comum o sentimento de medo de morrer nas pessoas.
A crise de pânico acontece devido a uma descarga de substancias como a serotonina e a noradrenalina no cérebro, que fazem vir a tona todos esses sintomas acima citados, A questão é que isso ocorre diante de uma situação totalmente normal para aquele indivíduo. O organismo recebe um aviso: “Fuja! Perigo!”, totalmente sem propósito, já que não existe nenhum perigo real eminente naquele momento, levando a pessoa a um fortíssimo estado de ansiedade que por mais que ela saiba que não há o que temer, deseja fortemente fugir daquela situação. E saber que não há nada de perigoso ou ameaçador é ainda mais confuso ao indivíduo, que muitas vezes pensa que está ficando louco!
Porém, por mais que a pessoa saiba que não há perigo naquela situação em que viveu a crise, há uma associação entre elas e a pessoa passa a temer a situação anteriormente normal para ela. Isso pode ocorrer, obviamente, com a situação de dirigir um carro, entre outras. A cada nova crise surge um novo objeto fóbico, o que leva a pessoa cada vez mais, ter limitações em sua vida.
O diagnóstico é dado através da história do paciente e o tratamento também envolve inúmeras técnicas e varia de profissional para profissional, mas em geral é feito através de terapia e em alguns casos uso de antidepressivos. Além disso, em se tratando de dirigir, é importante que também se faça de maneira adequada, obviamente, um enfrentamento das situações que a pessoa passou a temer depois das crises. Tudo isso, claro, acompanhado por um bom profissional da área.
O TOC (transtorno obsessivo compulsivo) também é um transtorno de ansiedade que pode se relacionar com o medo de dirigir. O TOC é caracterizado por pensamentos negativos obsessivos que levam a pessoa a agir compulsivamente de determinadas maneiras ou praticar determinados rituais absolutamente sem sentido, para tentar amenizar esses pensamentos. Se não os fizer, tem a sensação de que algo terrível pode lhe acontecer, por mais que tenha consciência de que aquilo não seja algo racional.
Algumas pessoas passam a vida toda convivendo com o TOC , tendo isso como “manias”, pois não afetam sua vida de forma intensa. Mas existem casos onde o TOC se torna muito desgastante e é quando as pessoas costumam procurar ajuda.
No caso de um motorista, isso também pode acontecer. Podem ocorrer pensamentos obsessivos que o “obrigue” a realizar determinados comportamentos compulsivamente, de maneira que o ato de dirigir se torne algo extremamente esgotante, chegando ao ponto de parar de dirigir. No livro de Cecília Bellina “Dirigir sem medo” ela cita o caso de um individuo com TOC, que após passar muito próximo de umas pessoas na calçada com o carro, desenvolveu o pensamento obsessivo de que poderia ter atropelado as mesmas (mesmo sabendo no fundo que não o tinha feito). Aquele pensamento o dominava de tal forma, que ele se via obrigado a voltar no local para verificar se realmente tinha atropelado aquelas pessoas. Isso foi evoluindo gradativamente, até que seus trajetos eram imensamente aumentados, sua angustia era cada vez maior, até o ponto em que ele parou de dirigir.
Assim como nos outros transtornos de ansiedade, a pessoa que sofre de TOC também necessita de um acompanhamento psicológico, para que possa compreender e tratar suas questões e no caso de dirigir, poder voltar a fazê-lo com tranqüilidade novamente.
Outro caso é o da fobia social. Neste transtorno, o individuo é extremamente tímido e teme situações onde tenha que se expor aos outros ou falar em público. Também varia de caso a caso, podendo ser esse “público” um auditório ou duas pessoas. Pessoas desconhecidas ou da própria família. O fóbico social está sempre achando que será avaliado pelos outros de forma negativa. A pessoa tende a se afastar dos outros e sofre com isso.
O fóbico social, como já é de se prever, tem muitas dificuldades de se relacionar, assim, o ato de dirigir se torna algo muito difícil, já que este fatalmente ira se envolver em situações onde tenha que se comunicar com os outros: pode ter uma pane no carro, pode sofrer um acidente, pode bater em alguém e ter que se justificar ou alguém pode bater em seu carro e ter que se defender, enfim, são inúmeras as situações onde alguém que dirige tenha que se comunicar com os outros. E para um fóbico social isso é motivo suficiente para evitar dirigir seu carro.
Algumas pessoas tem características de fobia social, mas nada que as afetem em suas vidas. Porém, quando isso passa a lhe gerar sofrimento e dificuldades em sua vida social, amorosa, profissional, entre outros, o caso é de se procurar ajuda sim e aqui não será diferente dos outros casos, é fundamental que se procure um psicólogo e trabalhe suas questões relacionadas a esta fobia. Consequentemente o medo de dirigir será “dissolvido” ao longo do tratamento, conforme for aumentando sua confiança, segurança, autoestima, entre outros, por mais difícil que isso possa parecer no começo.
O próximo transtorno de que vou falar é mais fácil de se associar a um problema de medo de dirigir. Trata-se do estresse pós-traumático, que como o próprio nome diz, refere-se ao medo e ansiedade que acomete algumas pessoas após viverem situações de extremo estresse, violência ou risco, onde se sentiram com extremo pavor. Exemplo: catástrofes naturais, estupro, acidente de carro, entre outros.
Assim, é fácil de compreender, que após um acidente de carro muito violento, por exemplo, a pessoa possa vir a sofrer de estresse pós-traumático. Nesses casos, ao se expor a indícios daquela mesma situação traumatizante, a pessoa tem sintomas como irritação, sonhos, recordações, cansaço, sobressaltos e fatalmente a evitação fóbica, ou seja, tem um medo incontrolável de voltar a viver aquela situação.
A vantagem do estresse pós traumático é que seu diagnóstico é de certa forma mais “fácil” e consequentemente seu tratamento através da terapia é mais objetivo, no sentido de já saber do que se trata o trauma, diferentemente de outras fobias, nas quais muitas vezes o próprio cliente não consegue identificar do que se trata, de onde isso vem, e o tratamento passa ser mais longo por conta disso. Mas nem por isso o estresse pós-traumático passa a ser algo simples ou de fácil solução. Tudo vai depender da experiência vivida pela pessoa, de suas consequências e obviamente da individualidade de cada um de conseguir lidar com aquelas questões.
Até aqui falei de transtornos de ansiedade que em geral, as pessoas conhecem ou já ouviram falar. Agora quero me ater a falar de um assunto que para muitas pessoas é visto até mesmo como uma qualidade! O perfeccionismo.
Muitas pessoas crescem aprendendo que tem que sempre dar o melhor de si, fazer tudo perfeitamente, sempre buscar mais e mais, e que nunca deve estar satisfeito com “pouco”. O problema é quando isso deixa de ser uma meta, um compromisso em dar o melhor de si e torna-se uma cobrança absurda e desnecessária, com fortes consequências no psiquismo dessa pessoa. Esse perfeccionismo desenfreado é também conhecido como “Fobia de Desempenho”.
Uma criança que passa a vida toda ouvindo de seus pais que nada do que ela faz está bom, que sempre tem que tirar apenas as notas máximas e que quando isso não acontece é punida fortemente, com certeza irá crescer acreditando nisso e tentando evitar ao máximo uma crítica negativa ou vivenciar novamente as sensações ruins que tem ao ser penalizado diante de uma falha. A frase “errar é humano”, parece deixar de ser verdadeira e a pessoa passa a não permitir, a não aceitar os seus próprios erros. O fóbico de desempenho tende a reviver cada erro, não para aprender com isso, mas para se punir, se recriminar. A cobrança que vinha de fora, agora vem da própria pessoa, o que consequentemente gera uma angústia muito grande.
Isso vai se estender a vida adulta e quando esta pessoa for tirar sua habilitação, é possível imaginar o quanto isso será difícil, caso não apresente o desempenho esperado! E como sabemos, em geral, no inicio ninguém dirige perfeitamente bem!
Normalmente o fóbico de desempenho tem uma maneira distorcida de olhar para o mundo, onde o “fazer o melhor possível”, torna-se “fazer o melhor que existe”! São cuidadosos, detalhistas e suas metas quase nunca são alcançáveis. Na maioria das vezes, uma característica marcante nesta fobia é a baixa autoestima. A pessoa se cobra tanto desempenhos perfeitos e inalcançáveis, que nada do que faz está bom e sempre que comete um erro ou simplesmente não alcança seu objetivo (que em geral tem parâmetros inalcançáveis mesmo) só confirma mais uma vez sua autoimagem negativa. Não consegue perceber seu próprio valor e em alguns casos precisa da aprovação alheia para sentir-se admirado, aceito. Por consequência, a ansiedade faz com que este se afaste da situação que lhe gera angustia, por evocar o erro.
O fóbico de desempenho também tende a planejar muito bem suas ações antes de por em prática, para evitar o erro que tanto teme. Mas quando se fala em trânsito é praticamente impossível se prever tudo o que vai acontecer e antecipar suas atitudes, o que impede o tão desejado “controle da situação” do perfeccionista. Assim, dirigir pode se tornar uma atividade extremamente angustiante, a qual essa pessoa passa a evitar para não sofrer com seus “possíveis erros”.
Por todas essas características é possível compreender também que, para um perfeccionista é muito difícil procurar ajuda. Afinal estará diante de uma situação que terá que enfrentar seus próprios medos e pior, a sua “autocrítica” que tende a ser muito severa.

Diante de tudo isso, fica claro, portanto, que o medo ou fobia de dirigir, independente da forma que apareça é causa de muito sofrimento na vida das pessoas. Isso vai variar de intensidade de acordo com o nível do problema e com a necessidade de cada um. Mas o fato é que, por mais sofrimento que exista, muitas vezes por medo, vergonha ou até falta de conhecimento, as pessoas deixam de procurar ajuda.
Meu objetivo principal é que as pessoas possam perceber primeiro que não são as únicas a sofrerem desse mal. Isso é muito mais comum do que parece. E segundo, que as causas do medo de dirigir podem ser variadas. Pode se tratar de uma fobia ou não. Por isso é tão importante que se busque ajuda, para poder compreender o problema e poder trabalhá-lo.
Quando se trata de uma fobia, os tratamentos são variados e vai depender muito de cada caso e de cada profissional. O psicólogo tem uma limitação técnica em seu consultório, pois é fato que para se eliminar totalmente uma fobia, é necessário que haja o enfrentamento do objeto ou situação fóbica na prática. Ou seja, além da terapia, a pessoa precisa dirigir! Para isso, existem hoje em dia, alguns profissionais especializados no assunto, que trabalham com a “Clinica Escola”, (tenho conhecimento aqui na região apenas na cidade de Campinas) onde além do acompanhamento psicológico, existe uma equipe treinada a ensinar e auxiliar essas pessoas com fobia a voltar ou começar a dirigir. Com os tratamentos em paralelo (terapia e enfrentamento do objeto fóbico), os resultados costumam ser extremamente satisfatórios.
O que eu gostaria de ressaltar é que por pior que possa parecer seu caso, ele tem solução. É só ter coragem e iniciativa de dar o primeiro passo e buscar ajuda. Posso garantir que os resultados serão compensadores! Afinal não tem nada melhor do que ter sua independência, sua liberdade de dirigir seu carro sozinho (a) pelas ruas! Sobretudo se isso envolver enfrentar e vencer seus próprios medos!
E por último, e talvez o mais importante, gostaria de ressaltar que assim como em qualquer outra aprendizagem, saber dirigir requer tempo e dedicação. Ninguém nasceu sabendo falar nem andar. Antes de andar, temos que engatinhar, cair algumas vezes, para depois ter passos firmes. Assim também é com a direção. Não temos como sair dirigindo perfeitamente sem antes termos cometido erros. E temos que nos dar esse direito!
Aquela pessoa que o critica, que o ridiculariza, merece mesmo sua atenção? Será que ela não precisa disso justamente para reforçar a confiança ou auto estima que está faltando em si mesma?
Se o seu caso for de fobia e não consegue lidar com isso sozinho, procure ajuda! Certamente não é nada fácil, mas sem duvidas é mais fácil e recompensador do que conviver com estes medos!
Se seu medo de dirigir for algo suportável, com o qual consegue lidar sem um acompanhamento psicológico, o faça! Peça ajuda de alguém de sua confiança (de preferência alguém calmo (a), para te acompanhar. Faça pequenos percursos. Depois comece a aumentá-los. Passe a sair sozinho (a). Comece pelo quarteirão de casa e depois vá aumentando o trajeto quando se sentir preparado (a).
E acima de tudo, permita-se errar! Ria de seus próprios erros! E comemore seus acertos!
Ninguém é perfeito e você também não precisa ser!

Facebook: "Joice Pacheco" (joice_pacheco@hotmail.com)

Joice Pacheco Ambrósio
Psicóloga
CRP: 06/90252

Um comentário:

  1. PESSOAL, ESTOU COM PROBLEMAS NO RECEBIMENTO DE COMENTÁRIOS. SE PUDEREM ENVIAR POR E-MAIL OU VIA FACEBOOK, EU AGRADEÇO! RESPONDEREI COM IMENSO PRAZER!

    OBRIGADA,

    JOICE PACHECO AMBRÓSIO

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